Homem é morto por policial em casa após ligar para emergência nos EUA
Um homem de 43 anos foi morto a tiros por um policial em sua própria casa, em Las Vegas, nos Estados Unidos, após ligar para os serviços de emergência relatando que estava sendo atacado. O incidente ocorreu na madrugada de 12 de novembro, na residência de Brandon Durham, onde ele estava com sua filha de 15 anos.
Segundo a Polícia Metropolitana de Las Vegas, Brandon informou ao 911 que sua casa estava sendo alvejada e que a porta havia sido arrombada. Quando os policiais chegaram ao local, encontraram janelas quebradas, carros danificados e ouviram gritos vindos do interior da casa. Um dos agentes, Alexander Bookman, forçou a entrada e encontrou Durham lutando com Alejandra Boudreaux, uma mulher de 31 anos que mantinha um relacionamento casual com ele.
Imagens captadas pelas câmeras corporais dos policiais mostram Bookman ordenando que a mulher soltasse a faca, mas ao invés disso, ele disparou contra Durham, atingindo-o inicialmente com um tiro. Já no chão, o homem foi baleado mais cinco vezes pelo mesmo agente. Durham morreu no local. Durante o confronto, Boudreaux teria gritado: "Você atirou na pessoa errada!", segundo o relatório policial.
De acordo com o relatório de detenção, Boudreaux tinha invadido a casa de Durham após dias com tendências suicidas. Em depoimento, ela confessou ter usado pedras para quebrar a porta, pegado uma faca de cozinha e se dirigido ao quarto dele. "Eu queria que os policiais me matassem. Queria que ele [Durham] vivesse os destroços que causei na casa", declarou.
A filha de 15 anos de Durham, que estava em outro cômodo da casa durante o incidente, relatou à polícia que ficou escondida em seu quarto com o cachorro, temendo pela própria vida.O advogado da família de Durham pediu a imediata prisão do policial Alexander Bookman, enquanto a defesa do agente argumentou que ele estava cumprindo seu dever e não tinha intenção de cometer um crime. “Embora a morte de Durham seja trágica, é necessário provar intenção criminosa para que haja uma acusação criminal”, destacou o advogado.
Steven Wolfson, procurador do condado de Clark, afirmou que a investigação deve levar semanas ou meses para ser concluída, e que qualquer decisão sobre acusações criminais seria prematura.
O caso levantou novos debates sobre o uso excessivo da força por policiais e sobre a complexidade de situações envolvendo saúde mental. Boudreaux, em seu depoimento, lamentou o ocorrido: “Sinto que sou responsável por tudo isso.”
— LVMPD (@LVMPD) November 15, 2024
Leia Também: PM mata estudante de medicina com tiro à queima-roupa em hotel
COMENTÁRIOS